quarta-feira, fevereiro 22

Ode to MY FAMILY


Não  é a Dolores Mary Eileen, vocalista do Cramberries, ou para falar dela, ou sobre a música. Apenas sobre família e sobre mim; e medos e loucuras... mas só um pouquinho.

Minha mãe costuma dizer que sou exagerada. Pra tudo. E acho que das poucas coisas que ela me disse, nisso infelizmente tem razão... daquelas coisas sábias de mãe, que não gostamos muito de concordar.

Acho que exagero um pouco. Pensando, fazendo (algumas muitas coisas ao mesmo tempo), questionando, amando... No amor para os filhos, para o marido. Sou inteira para eles; Bem, costumo ser rs...

Dia desses conversando com a Mônica -  uma amiga linda, super novinha e que já é mãe - ouvi aquele pensamento -  que pra mim é antigo -  de que quando nascem os filhos, "nos abandonamos". Fui firme em dizer que não, que, claramente, as coisas mudam, de forma inevitável, mas que devemos separar um tempo pra nós (aliás,  este foi um dos primeiros conselhos que ouvi dos meus médicos, ginecologista e terapeuta).

E na questão ... Estar inteiro para uma  ou outra tarefa ( de preferência sem exageros rs), tenha ela o cunho que tiver, temos mesmo que estar bem conosco.  Demorei, não para entender isso, mas para conseguir praticar sem (muita) culpa. 
O meu  melhor, melhor dedico a eles quando também tenho meu espaço, costumo dizer e carregar sempre comigo. Quase como mantra.

Se é difícil, extremamente complicado e exaustivo dedicar tempo a mim mesma sem me sentir a pior das pecadoras? Se ouço aquelas " bem-vindas" opiniões de terceiros, altamente críticas, completamente... desnecessárias...? Touché!   
Mas percebi que nossos melhores momentos - meus e dos filhotes - , os mais alegres, mais inteiros, acontecem quando aceito que também posso e mereço muitas outras paixões, além da delícia de conviver com eles, de ensiná-los e cuidá-los e mais tantas outras coisas que desfrutamos desta... insidiosa seara materna. 

Hoje levo  os dias com mais tranquilidade e desconfio ser dos presentes mágicos do tempo, do que ele traz, do que ele vai curando. Vou seguindo assim, tropeçando e aprendendo; e até as conversas com minha sogra tenho aproveitado e gostado. Muito.

sábado, fevereiro 11

Fim de Férias e Carnaval... aqui... em São Paulo



As férias acabaram. Faz um tempinho já... mas agora que a criançada voltou para a escola, a sensação de que estamos  entrando no ritmo (puxadíssimo) de 2012, fica mais real.

Tudo bem que ainda tem carnaval. As pessoas estão felizes, super animadas... e é boa essa energia. A maioria fazendo planos pra curtir o agito e o calor de Salvador, Rio e outros lugares que fervem nesta época; outros, como meu novo cabeleireiro (Bjo Isa), preferem fugir das altas temperaturas dessa lindíssima festa popular... Vou ali em New York, mas não demoro. Prometo(rsrs)... 

Eu tenho um pouco de medo de toda essa agitação. Juro. 

Sem mencionar que estou incrivelmente cansada. Sim, o ano mal começou e minha velha rotina, sono entrecortado e algumas outras coisinhas, já me puxam os pés.

Aí prefiro me esconder (nada de praia, de muita movimentação); Ou andar por São Paulo, curtindo umas coisas gostosas que ela guarda, como a Av. Faria Lima (sem trânsito), a comida árabe do Almanara (amo), o Shopping Iguatemi (que tem lugar cativo no meu coração paulistaníssimo, desde os almoços com as amigas, na época da faculdade e que, em breve, ganhará um "irmãozinho", Jk Iguatemi).

E quando consigo distrair meus filhos - nessa hora somente um combinado pra que Theo e Sofia deixem a gente dar uma escapadela -  fugir com o marido pra me deleitar  com as massas e com o famoso sorverte de jabuticaba do Buttina. O espaço é super aconchegante. Lindo.


É... coisa de paulistano meesmo. De quem é estranhamente viciado nesta cidade, e reclama... e ama!

São Paulo que tem até música, aqui em casa: Energy -  The Apples in Estereo.



Um fim de semana lindo a todos!


quinta-feira, fevereiro 2

Uma viagem...


Theo anda tristinho. Fico toda doída, pensando em como amenizar, sugar pra mim, as angustiazinhas dele. 
Ok que ele é dramático. Por natureza. Mas mesmo assim, mãe que é mãe mergulha total nas dores dos filhos. E sofre. Muuuito. 
A razão da mini tempestade? Morrer.
Há dias, entre uma distração e outra, me pergunta se vai morrer, pra onde vai e que não quer ficar num lugar desconhecido, especialmente se for sozinho. Diz ter ficado triste demais quando o Sr. Carl Fredericksen - de Up, Altas Aventuras -  perde sua esposa, Ellie.

- Mamãe, não deu tempo deles visitarem o Paraíso das Cachoeiras... A Ellie morreu...  fala cheio de tristeza.

Aí paro tudo, comovida, chateada, preocupada e, apesar do drama, achando bonitinho meu tiquinho querendo entender da vida. Todo ansioso, temperamental. Porque isso ele é, pra tudo! 

Uma vez li que tudo isso faz parte de determinadas fases das crianças, e que, infelizmente, desde muito cedo, elas também passam por frustrações e pequenos questionamentos. São naturais e necessários.

Mãe consegue racionalizar  isso? Difícil. Pra não dizer impossível; porque depois que parimos nossos pequenos herdeiros, tudo na vida se torna diferente, olhamos o mundo com menos egoísmo e individualismo, compreendemos mais facilmente algumas coisas e aprendemos tantas outras - a duras penas - mas aprendemos, nos (re)adaptamos e nos sentimos mais capazes e fortalecidas, mas a dor de um filho... Não há nada mais cruel e dilacerante para nós mães.

E morte? Assunto que tira o chão. Confesso que detesto, me entristece pacas.

Acredito que continuamos, de uma outra forma, num outro plano, sob as bençãos e amor infindáveis do Mestre; mas a saudade é fato, a dor da separação e da perda, também. Tanto para os que vão, como para os que ficam e temos que encontrar uma "compensação" para ela... Com o Theo procuro contar a verdade, enfatizando que continuamos, que dormimos e nos reencontramos em outro lugar, algum dia... usando uma linguagem que ele compreenda. Mais branda, mais florida, como disse a Fernanda Franken num post muito lindo, ela e seu mini... aqui

E nestes altos papos, super importantes, sinto que ele entende muita coisa... do jeitinho dele, fica mais aliviado e eu, acabo saindo cheia de novas reflexões e com ideias mais reconfortantes sobre a morte.




"Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia..."

Caio Fernando Abreu
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