segunda-feira, agosto 13

Sobre heróis e (verdadeiros) poderes


Amo Batman. E o comissário Gordon... e Gotham. A grande maioria também. Aliás, quando o assunto são os heróis, super poderes e outros milagres, todos gostam; até as crianças. Gosto de quase todos e mais ainda, das estórias sobre suas construções e contextos. Dos fundos políticos ou familiares/sentimentais.
Para mim, tudo o que envolve conflito e heroísmo, e complexidades... é admirável de alguma forma.
Em Homem-Aranha, por exemplo, a paixão de Peter Parker por M.J., mais o carinho e extremo cuidado com sua Tia May, somados  a seus vários questionamentos - pra lá de profundos - ajudam a construir um herói marcante e extremamente cativante. Adoro.
Já em Gotham, não há como não gostar, ou no mínimo, dedicar alguns pensamentos a um herói que não conta com super poderes em suas lutas diárias. Sim, lança mão de muita tecnologia, dinheiro e intelecto - reforçados por seu forte desejo de justiça após a morte dos pais - e certamente isso é que o torna... a cara de um super protetor real.  Potente, grandioso, humano...
Depois da saga completa, de ver os três filmes, pensei  sobre honra, ética e outras virtudes levantadas em alguns diálogos durante as diversas fases do Batman. Sobre dúvidas e medos de um herói muitas vezes obscuro para a própria Gotham... e mais outras tantas questões como integridade, caráter, e até que ponto somos capazes de sustentar o que defendemos, quando o orgulho ou o medo são tocados.
Salvo algumas raríssimas exceções, não é comum ver um bilionário dedicar esforços,  fortuna e outros recursos à filantropia, à ordem e à justiça.
Não é comum ver as pessoas reverterem suas frustrações, perdas e raiva, em aprendizado e realizações concretas. Especialmente que befeficiem outras,  ajudando-as a acreditar (novamente) e acima de tudo,  reconhecer e valorizar seus verdadeiros dons e potencial.
 Isso é o que me cativa no homem-morcego.  Um herói palpável, falho e altamente moderno.
Que precisa de descanso vez ou outra. Assim como nós. Mas segue acreditando. Sem mágica e sem poderes especiais.

Queridos, possivelmente, este seja o último post, este ano, no blog.
Os super poderes por aqui estão precisando de recarga e de tempo por conta da rotina.
A fase também é de mudanças, a meu ver, sempre necessárias.
Com certeza o blog volta, contando tudo o que gosto de dividir com vocês e, sim, um pouquinho dos planos e destas mudanças!

Já saudade!



sábado, julho 28

Sabores



Uma vez ouvi do meu pai que o tempo corre depressinha, que a vida é feita de fases e que muita coisa nestas fases eu poderia não achar fácil, especialmente se  não me preparasse para tanto.
Posso confessar sem maiores culpas que, naquele momento, não dei bola. A atenção foi total (senão tinha bronca). Olhava bem para as expressões sérias dele, repetindo suas palavras, pensava um pouquinho e pronto, passava. Acho que somente o tempo amadurece algumas ideias e, com bastante esforço (e mais algumas coisinhas), o saldo lá no final  mostra uma carinha bem amiga, bem no estilo... "Ok, você fez um bom trabalho!"
E assim tem sido. Vêm as fases, faço umas pausas (curtinhas, ó só), penso, coloco cada pedacinho de tudo na balança e, depois de observar - sempre - que gastei bastante com roupas e livros - me alegro por perceber e sentir que não posso me queixar de muita coisa. Existem conflitos, dúvidas cruéis,  aqueles momentos Ser ou Não Ser (vários), mas no apanhado geral, há muito a agradecer.  Desse tanto, vêm junto as lições. E dignas de celebração, também.
 E as perdas?
Quando perdemos (ou achamos que), o coração se revolta, porém aprende até. Depois, mais tarde, conseguimos enxergar que era tudo necessário. Brutal e vital.  São etapas cruciais; Vão lá no íntimo e reviram tudo. Mas com força, atravessamos. E na volta a  bagagem está refeita e  cheia de tesouros. Daqueles que não perecem (imagino que era sobre isso que meu pai conversava, para isso que ele insistia em me chamar atenção).
Sim,  da para tirar destas horas, aparentemente, ingratas uma vastidão de novidades. 
Numa destas,  há os que aconselham, que profetizam, que invadem. Há ainda os que se calam e vibram baixinho por nós (se bobear são os mais corretos), mandando aquele Axé, como costumo ouvir da amiga queridíssima Neide (amo!).
Aí paro. E penso de novo.
Passou tudo. Ficou bastante.
O sol está lá fora. Tem o suflê de cenoura do marido. Os versos que recebi dele quando meus filhos nasceram... os perfumes inesquecíveis (e as tantas recordações junto deles)...
E os shows bacanões? Os amigos coladinhos bem pertinho? Ah, é bom.
Tem a receita de alcachofras da minha madrinha... O céu de inverno. Lindo, lindo. Cheio de contrastes.

Ah, e claro, tem o JK IguatemE, porque não sou de ferro. E mais tudo o que merecemos!

Viva!

quinta-feira, junho 21

Mamãe, agora, quando vejo uma menina, eu fico... um pouco apaixonado. Se for a Melissa, minha bochecha fica tooda vermelha...

 Imagem: Marilyn Monroe - Revista Elle/maio


Que pérolas.
... Tão lindas e magnificamente encantadoras quanto estas da Marilyn. Ou até mais.
Não importa o peso ou o brilho das dela. As fofuras que ouvimos dos pimpolhos nos alegram às tantas. São assim.. perfeitas.

Viver nos dias de hoje - nas grandes cidades especialmente - não é bolinho.  Haja bom humor e muita, muita paciência.  São inúmeros absurdos. Todos soltos por aí e muito mais próximos de todos nós do que gostaríamos. Para lidar com isso, cada um tem seu jeitinho... Uns protestam, outros fazem piada e riem muito, alguns se escondem...
 Eu faço o que mais gosto o que afaga a alma. E na lista de preferidos,  ficar bem coladinha dos meus pequenos, programando mil coisas e sentindo o cheirinho bom  deles, dos pescocinhos, dos cabelinhos, ganha sem maiores esforços.
 Vez ou outra dou uma parada, mando todo mundo brincar no cantinho predileto da casa ou tirar uma sonequinha e mergulho num estudo bacana, numa comidinha boa com o marido, ou fujo para um papo bem  profundo com as amigas...  porque questionamentos e conversas longas, só com uma  amiga, não é?  Se for dia de final de campeonato, então... Marido?  Esquece.
 Mas quando nasce uma mãe, desperta também um bicho-bobo dentro de cada uma, aí logo bate a saudade dos sorrisos e daquelas preciosidades que costumamos ouvir deles; Aquelas coisinhas bonitinhas e mais que engraçadas que eles soltam cheios de inocência e de peitinho estufado.
Comigo já virou vício. Amo. Quando escuto as frasezinhas inocentes do Theo ou da Sofia, pulo para um outro mundo, saio da correria, de tudo o que assisti de feio, de chato ou cruel no meu dia. Dou risada e eles também.  Provavelmente de mim... e riem até babar.
Pois é,  aqui tenho dois mestres, dois entendidos no assunto. E sim, me divirto, recomendo e ainda lanço um livro, contendo as belezinhas papeadas pelos meus filhos, que me encantam e alegram mais  do que qualquer outra pérola, do que qualquer outra jóia seria capaz de fazer.
E a Melissa?
Deve jogar charme para o meu filho... assim, toda Marilyn .




terça-feira, junho 12

Livre para pensar, falar e fazer




Imagem: daqui


Domingo teve Parada do Orgulho Gay. Nunca fui a nenhuma edição, mas sempre converso com alguns amigos, sobre. Impossível negar sua importância e repercussão. Em todos os aspectos.

Quem acompanha mais de perto sabe que, desde a primeira manifestação, seus números são sempre records, o público é massivo e o evento é o maior do mundo no gênero. Os desfiles que acontecem anualmente, levam para a Av. Paulista - e para todo canto -, além de milhões de pessoas e muitas cores, debates mais ativos  sobre preconceito, intolerância e outras atitudes desrespeitosas, das quais todos somos vítimas vez ou outra. Tem bagunça e tem barulho? Tem, sim senhor. Muito; Mas em São Paulo -  cidade palco de tantos movimentos e acontecimentos marcantes -  alguns temas (infelizmente) só  são registrados, ou alcançam o espaço merecido com algumas batidas a mais.

Este ano olhei para o acontecimento mais atentamente. Achei bonito, entendi como necessário, mesmo sem estar lá dentro, mesmo sem ser ativista de tais movimentos.

Uma vez escrevi no blog sobre o Dia da Família na escola dos meus filhos. Está tudo AQUI. Se acontece? Não. E ignoro o motivo.
Polêmico como muitas ideias de cunho semelhante, provavelmente mexeu com princípios e essências preconceitosas de muitos pais e muitas mães. Foi daquelas sementes que morrem antes de nascer.

Complicado mostrar aos filhos que alguns amiguinhos têm dois pais ou duas mães? Bastante. Tanto quanto é real; Portanto não há como colocar sob o tapete, deixar pra pensar mais tarde. E se outras concepções morais são realidade, isso pode  e deve ser ensinado aos nossos pequenos. Desde cedo. Por pais e educadores.

O Manifesto do Orgulho Gay  defende a diversidade, a igualdade... com entusiasmo e alegria. Meu modo de  ver,  diz que é exatamente assim que as coisas devem ser passadas às crianças.
Cada um é dono de si e de sua felicidade. E ser/estar feliz é bom. Isso todo mundo quer e recomenda.

Feliz  Dia dos Namorados. A todos!




"No mundo existem pessoas do mesmo sexo que se amam; pessoas de sexos diferentes que se amam; pessoas que mudam de sexo para se amarem; pessoas que não se importam com o sexo e amam..." (Vinícius Santos, jornalista do Catraca Livre)







quinta-feira, junho 7

Nós



"...A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade..."
Clarice Lispector 


Houve um tempo  em que eu insistia em buscar o que mais gostava de fazer; Ou conviver, ou estudar sobre, ou falar sobre... Amante de moda, de arte, de fotografia, de paisagismo, de propaganda... Um desassossego que parece meio estranho, para a maioria, pelo menos.
Depois de vivenciar  um pouco de tudo, estudando, pesquisando, tentando direcionar meu coração para o que ele entendesse como predileto, desisti. Quanto mais eu me envolvia, quanto mais eu me enfiava em orquidários, ia a eventos de moda, ou lesse e estudasse sobre fotografia, mais eu adorava tudo.
Dos anos nas agências de propaganda tenho memórias impagáveis. Do que conheci, das pessoas, dos amigos, das surpresas... Carrego como ouro, como algo que está aqui, que me habita e contorna minhas escolhas e preferências, de algum modo...
E o tempo vai correndo. Queremos mais e mais...
De tudo, me surpreendi e me surpreendo a todo tempo, com a maternidade. Com a presença doce do Theo e da Sofia; com seus sorrisos e frases que me arrebatam. Todos os dias.
Há quem diga que amor de mãe é tanto, que dói, que paralisa. E paralisa mesmo.
Vida de mãe é missão, é um compromisso que envolve desde o prazer até o sofrer, passando por consolar, ensinar, formar, conceder, harmonizar e mais tantas outras coisas.
É, dá um trabalhão. Sem horários, sem descanso. No entanto, é o que mais acresce, é o que mais prepara, mais fortalece. Por hora, mesmo acalentando  muitos projetos, fotografando uma ou outra coisa e flertando com outros mil e um assuntos atraentes,  estou engajadíssima em ser toda deles, dos meus filhos Theo e Sofia.
E você, o que mais gosta de fazer?


Ser mãe... coisa encantadora. Enlouquecedoramente maravilhosa! 




segunda-feira, junho 4

Não. Eu não sabia... mas estou aprendendo. E muito




A vida ensina. Mesmo quando teimamos um pouquinho ou preferimos nos fazer reféns daquela preguicinha, que sim, às vezes é pra lá de insistente.
Por aqui chegamos numa fase que aprendemos com tudo. Acertos, tentativas, exemplos e, especialmente, erros e posturas "defeituosas".  Aquela coisa do corpo  mole, do defensivismo exagerado, da mania de omitir, do comodismo... Acho super chato e, inevitavelmente, me decepciono. É claro que, lá fora, existem também muitíssimas coisas boas, tantas pessoas especiais, como fala Vanessa da Mata quando canta Boa Sorte.
Isso anima. Fazemos planos, nos enchemos de energia e super pensamentos para afastar o que não é tão bacana, consertar o que está gasto e, aos poucos, renovar tudo. Tudinho. E nessa levada, têm coisas mais simples, mais enroladas, enigmáticas. Algumas situações tiramos de letra, outras parecem nos  empatar por fases e mais fases... 
Meu avô costumava dizer que tudo faz parte da vida... Quando me via meio quieta, ou triste, tratava logo de dizer que já ia passar e perguntava:  - Filha, quer umas balas? E pronto, estava tudo resolvido com aquele doce, com aquele mimo!
Há momentos onde tudo o que precisamos é de calor, de força e de cuidado. Tudo isso nos faz resgatar coisas importantes e muitas vezes decisivas, para sairmos livres e melhores de determinadas "guerras". E depois de um tempo fica menos complicado enxergar tudo o que se ganhou, apesar da luta. Sem contar que a vida tem ainda várias surpresas boas. Várias.
Dia desses, conheci a Gisele Leal. Impossível resumir o que sinto em relação à Gi. Foi nestes "acasos", nestas surpresas perfeitas que ganhamos como presente.  Já aprendi muito sobre amor e sobre luta com ela e sei que ainda há muito mais por vir.
Amigos e família. Com eles fica menos sofrido atravessar uma dor, os medos, as incertezas. A gente se enche de  poder (não é, Gi?) e passa por qualquer fase, por qualquer inverno. Mesmo os mais frios. 


segunda-feira, maio 21

Verdadeiro legado

Imagem: Quadro Pipas - Cândido Portinari


Este mês a revista Elle trouxe um suplemento especial sobre Alexandre Herchcovitch; contando um pouco de sua infância, adolescência e início de carreira, assinalando fatos e pessoas marcantes em sua vida.
Amei. Porém, mais que falar sobre este estilista consagrado, os textos me inspiraram a falar mais e mais sobre mulheres, mães e filhos, suas relações, sua força e importância mútuas; Especialmente por esta parte: Regina Herchcovitch soube como poucas, estimular a vocação do filho.

Pensei em muitas coisas. No amor que, incondicionalmente, dedicamos aos filhos, nos ensinamentos que queremos deixar, nas maravilhas dessa convivência e nas tantas cobranças que tudo isso pode gerar.
Queremos que eles compreendam as coisas, que alcancem seus sonhos, que sejam fortes, que se tornem homens de bem... 
Vez ou outra, nas conversas com as amigas, falamos sobre isso; sobre como preparar e fortalecer nossas crianças na medida. Sem sufocar, sem cansá-las, e sim, cuidar para que seus dons e vocações, aos poucos, aflorem e assim, possam entender e cultivar as coisas que gostam e  as fazem felizes e tranquilas.
Também sou cheia de papos com o Theo e a Sofia. Sim, às vezes rolam umas broncas, umas maluquices de mãe, mas na essência, nosso tempo juntos é de muita conversa. Quase todos os dias.

Esta semana quis fazer diferente.
Regina Herchcovitch? Não sei... Sei que chamei os dois e disse para eles que guardassem alguns segredinhos no coração, pois com aquilo, muita coisa seria mais fácil e mais legal!  E falei para que fossem pacientes, estudiosos, bons amigos e mais todos aqueles cuidados de mãe, que já ouvíamos das nossas.

Cada um saiu dali como quem guardasse segredos super valiosos. Cada um a seu modo.
E foi bom resumir o que seria mais uma longa conversa, em alguns "combinados" entre a gente. Como algo nosso, de parceiros verdadeiros.
Se minha figura materna será sempre marcante para meus filhos, também não sei, mas acredito que o que estamos construindo e firmando juntos, fará toda  a diferença na vida deles. Para muitas coisas.


quinta-feira, maio 17

Projetos



Sempre que podemos, marido e eu paramos para conversar sobre nossos projetos (minha inquietação e ansiedade juntas, produzem uma quantidade absurda deles)... coisas que gostamos, que sonhamos, que queremos conquistar (...) é muito gostoso. Em alguns momentos ele precisa me frear, ou, no mínimo, rir comigo de alguns devaneios.
São os filhos, (se possível continuar alimentando o sonho de mais um), os paparicos... reformar a casa, comprar uma nova. Estudar, conhecer outras culturas, viajar sem fim... fotografar essas belezas... da família, do Brasil, do mundo, das novidades... Aprender a cozinhar, cortar os cabelos, abraçar uma causa, escrever meu livro...
São planos infinitos...

É, quando falo em projetos, particularmente, idealizo tudo perfeitinho, bem arquitetado; me preocupo um pouco demais.

(Uma vez falei um pouquinho sobre isso aqui no blog, o quê (muitos) planos e expectativas podem envolver, o quanto realmente conseguimos ou podemos controlar no desenrolar desses processos... Acho complicado; acabo sempre questionando se é melhor seguir um guia de medidas à risca, fazer bonitinho, como manda o figurino, ou deixar o barco correr... Meio termo? Qual seria?)
Mas questionamentos a parte, falar sobre o que já construímos, aprendemos e, acima de tudo, sobre o que sonhamos, é muito positivo. No geral, areja, norteia e nos reabastece. Sem contar que sempre crescemos com estes estímos, com estas possíveis mudanças que os projetos carregam. Dá uma trabalheira danada, exige, causa medo... mas quando acontecem, acabam  nos modificando e, no final, trazendo coisas boas.

Eu costumo pensar muito, pesar tudo e, sim, exagero. Tenho mil ideias, quero realizar tudo e com cautela total; por essa razão, aprendi parar e entregar, pelo menos, uma parte do que pretendo, nas mãozinhas do  destino. Batalhar, mas confiar. Dá uma cara mais tranquila a tudo e modera minha ansiedade.

E nesse trajeto meio incerto - que percorremos com o coração cheio de desejos - o melhor de tudo acaba sendo o próprio caminho ao encontro de cada sonho; a subida íngreme e todo o aprendizado que eles nos dão como belos presentes.  Depois,  quando chegamos lá, começa tudo de novo. Não é bom?

terça-feira, maio 8

Lomofofas

Quem tem filhos adora fazer filminhos, fotografar... registrar de alguma forma suas fases e proezas, que, convenhamos, são todas lindas;  especialmente para os pais.
Eu que já curtia ( sem limites) fotografar, ressuscitei minha analógica - dos tempos da faculdade -  super inspirada pelos meus filhos, pela vontade de levar pra sempre comigo, seus sorrisões banguelas e aquelas caretas únicas que eles fazem. E haja filmes... e um pouquinho de paciência para esperar as revelações.
Outro dia saí com Theo e Sofia. Foram vários clicks e um número razoável de fotos boas, mesmo me achando um tantinho enferrujada.
Os dois amaram. Se divertiram de montão e após muita explicação, entenderam que veriam o que registramos juntos, somente após alguns dias. No fim, o resultado compensou a espera...

Theo e Sofia - Foto: Arquivo Nikon

Foi uma experiência bacana, um momento terno e por si só impagável; tudo por estar ali.... com eles.


E na levada dessa paixão, conheci a Lomography, uma galeria que é parada obrigatória para quem tem câmeras e fotografia como xodós, principalmente as analógicas, já que ali o universo é todo delas.
A primeira Lomo nasceu na década de 80 e a partir daí atraiu e atrai todo tipo de olhar e apaixonados, por seu charme, simplicidade e, claro, pelos efeitos e cores que suas lentes plásticas são capazes de produzir.




Hoje elas são mania - eu adoro; O Movimento Lomografia tem  comunidade crescente, especialmente por estimular o lado divertido e criativo das analógicas, baseando-se em uma filosofia de maior liberdade e ousadia.
Pura arte.

 Fotos: Google


Estou em fase teste com minha Diana F+, e também prometo postar as primeiras revelações  - assim como as novidades sobre o Jk iguatemi, que mencionei anteriormente em outra postagem.

A Carol Ushirobira é minha prima do coração, me apresentou às Lomo e amei de cara! (Beijo prima)
Precisamos agora é de um super workshop, que a Lomo Gallery também oferece aos amantes dessa arte.


E você curte fotografia? Costuma carregar sua câmera junto, mesmo em passeios corriqueiros?



Uma ótima semana!




segunda-feira, abril 23

A arte de se tornar desnecessária



Adoro falar sobre meus filhos, registrar suas experiências, seu crescimento e descobertas.  Mostrar a eles coisas bonitas, passear, ensinar. Muito.  É gostoso e imagino que vida de mãe tenha bastante disso... Babação, corujice. Mas hoje a conversa é mais sobre mim... ou sobre nós: Mães. Como crescemos depois da maternidade; E boa parte de tudo, aprendemos com os próprios filhos. São mestres e dos bons.  Mas talvez o vital nessa jornada, seja exercitar o quanto doamos a eles para que essa relação seja saudável e equilibrada.
Quando observamos nossos "bebês", queremos proteger e cuidar.... e proteger. No meu caso, sinto que tanto ou mais do que qualquer coisa que citei no começo desse papo. Segurem as mamas desgovernadas...
Eis que dia desses, recebi um comentário da Betty (amiga querida), num post onde relatava algumas novidades (e desmandos) dos senhores meus filhos. Ela dizia:
 "Ser mãe é a arte de se tornar desnecessária."
Me lembro que quando li a frase, achei genial. Dura, mas perfeita, por resumir  de modo simples, como, durante a vida e aprendizado deles, vamos tendo que nos adaptar, readaptar e entender que, a partir de um determinado ponto, alguns daqueles nossos cuidados serão dispensáveis, e depois mais alguns... e adiante alguns outros também serão completamente desnecessários.
 Sim, mãe só tem uma, somos preciosas( assim como nossas queridas genitoras também o são), e poderemos contar sempre com esse pensamento, com essa verdade. Contudo nossas crianças crescem, não querem mais ajuda para comer,  querem brincar na internet, trocar telefones com os amiguinhos; enquato para quem cria, resta amá-los, aproveitar muito a riqueza de cada fase e, acima de tudo, compreender  seu processo de desenvolvimento, tão rápido e tão bonito. 
Os meus pequenos estão grandões. Cheios de energia, de curiosidade. Já me ensinam sobre games (eu morro), sobre alguns ítens em meu próprio celular.  Ainda me beijam em público (porque depois isso acaba, não é? rsrs), dão a mãozinha nos passeios, dormem comigo às vezes (eu gosto). (São meus babies...)
 Fico feliz, pensando que o melhor da vida é o carinho meladinho deles, ver os dentões nascendo, passar merthiolate no dodói, beijar, beijar... e prepará-los para prosseguir, dando-lhes desde já, mais autonomia; Sei que de  todas as tarefas que abracei, esta é, de longe, a mais gratificante.

Que venham as novidades.  Por hora vou tentando me entender com o desafio de soltá-los. Bem de pouquinho.


Ser mãe, é a arte de se tornar desnecessária! Frase luva da Betty Gaeta.

Você concorda? Trabalha essa ideia em seu coração?

terça-feira, abril 17

Nada será como antes... amanhã



Elis emociona. Adoro.
Suas músicas embalaram minha infância e, certamente, a de muitos amigos por aqui.
Aprendi a escutá-la com meu pai; cantávamos juntos e me lembro que rodopiávamos as mais agitadinhas como Paz e Madalena. Perfeitas na voz dela.
Este ano alguns shows e exposições acontecem para relembrarmos e curtirmos um pouco mais de sua obra e de sua  história. Lá se vão três décadas sem ela.
Os eventos estão acontecendo através do Projeto Viva Elis, idealizado e  criado  por seu filho primogênito - João Marcello Bôscoli.
Leia mais sobre os shows,aqui.

Abaixo,  algumas fotos lindas, dessa artista maravilhosa:


Em show no Canecão (Rio - 1970)


Com o filho João Marcello


Show Falso Brilhante (1975)



" A energia desse movimento vem da única força realmente transformadora: o Amor!"
                                                                                                            João Marcello

 
P.S.: Hoje, 17/04, é aniversário da minha Sofia! Filha, esse post é pra você. Bjo da mamãe!



Todas as fotos: Revista Elle

domingo, abril 15

Queridinhas

Desde os tempos de faculdade, saíamos eu e as amigas para nossos passeios xodós. Eram pela Av. Paulista, pelos nossos shoppings favoritos ou por outros pontos que gostávamos em São Paulo; fuçando lojas bacanas, descobrindo endereços novidade... Bons tempos. Depois veio o trabalho nas agências, algumas amigas de jornalismo acabaram enveredando para assessoria de moda, o que, de uma forma ou de outra, nos mantinha meio atreladas ao assunto roupas, sapatos e outras coisas que a maioria das mulheres ama.
Hoje já fizemos de um tudo, o que certamente, renderia posts curiosos e muito engraçados.  E o amor por moda sempre seguiu conosco.  
Este mês a Elle trouxe umas novidades bem legais que me encantaram (especialmente pelo conceito e pelo que agregam), encantaram as amigas e, de cara, imaginei que agradariam às queridas blogueiras. Algumas são sobre o JK Iguatemi que, para quem curte o assunto, já deve estar por dentro, mas prometo postar logo mais. Este já, muito amado paulistano, merece.

A outra é a Bike Elétrica da LEV (Light Eletric Vehicles), que em parceria com a Farm, deu uma carinha super fofa para o conceito. A grife carioca emprestou sua graça e suas flores aos modelos e disponibilizou a bicicleta em quatro estampas. Elas usam baterias recarregáveis, nada de combustível e tem tudo a ver com o que é ecológico e sustentável.



No caso de São Paulo, não sei se a ideia caiu nas graças da maioria, mas é super válida, além de charmosa (Por aqui há ainda muitas discussões que tentam conscientizar as pessoas sobre a importância de deixar seus veículos em casa).
A LEV  no facebook  mostra alguns eventos interessantes que promovem saúde e sustentabilidade. E apesar de algumas controvérsias, suas bicicletas já tem muitos simpatizantes e muitos elogios.
Você costuma pedalar? Consegue deixar, vez ou outra, seu carro na garagem? 

Leia mais aqui!


quinta-feira, abril 12

Meus filmes (tipo drama)


Tem horas que "sonho" acordada. Ou fico, enquanto junto a bagunça do Theo e da Sofia, organizando (de cabeça), os meus projetos... Turbilhão de pensamentos, várias pulgas, como disse, descontraidamente, uma amiga blogueira.
Da vontade de parar, voltar lá no número um, no começo da amarelinha e jogar a pedra com mais fé, pra acertar em cheio, de primeira, o alvo e gastar menos tempo com algumas bobagens, com grilos...
Mulher tem mil coisas na cabeça. Sempre... mulher que é mãe, mais ainda. Com isso são 1001 inspirações, vontades e planos. E, sim, preocupações. É a saúde, o marido, carreira, filhos, um curso novo, uma bolsa nova, corpo,  espírito...

Sofia e Theo estão numa fase nova pra mim; são mais  exigentes  quanto  aos lugares  que querem ir, por  exemplo (já? Sim, já...), às programações dos finais de semana (pois é, verdade), com o que vai ocupá-los de um modo geral. Fazem cara feia, querem exigir... E o caçula imita o mais velho.  Enfim, tudo aquilo que já fizemos, que ouvíamos de nossas mães e avós, mas que se transforma em novidade quando é conosco... quando a história é com nossos filhos, adquire cara de coisa inédita - tipo nunca vi, não sei fazer.

- Mamãe, este sábado temos o aniversário do Diogo, você não se esqueceu, né? - diz a Sofia, fazendo um certo charme...  É mãe (agora acho que vou te chamar de mãe, porque mamãe é para meninos pequenos e eu já fiz seis anos....), leva a "dgente" na festa dele? - completa o Theo com aquela marra habitual.
E eu?
Penso.
Nas receitas sugeridas para educá-los, na (pouca) experiência como mãe, no que vivenciei com meus pais e, acima de tudo, nos exemplos que devo dar a eles. Nestes momentos a primeira ideia é: Não quero errar!  O desejo é de orientar, buscar as coordenadas exatas para um caminho certeiro, que conduza a cabecinha deles para fora da ansiedade, dos maus modos, do modismo... Com calma...
Eles exigem; eu vou tentando algumas manobras, contornando seus novos draminhas, as vontades excessivas, a mini ansiedade. Vou recheando os dois de amor, procurando aproveitar e sentir cada fase nova que eles adentram... montando um outro filme; E  como diz a belíssima Ana Jácomo:
"A felicidade vibra na frequência das coisas mais simples." 
Sempre, sempre!


segunda-feira, abril 9

Da eternidade




Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

- Como não acaba? - Parei um instante na rua, perplexa.

- Não acaba nunca, e pronto.

- Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta.

- Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

- E agora que é que eu faço? - Perguntei para não errar no ritual que certamente deveira haver.

- Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

- Perder a eternidade? Nunca.

O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

- Acabou-se o docinho. E agora?

- Agora mastigue para sempre.

Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da idéia de eternidade ou de infinito.

Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

Até que não suportei mais, e, atrevessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

- Olha só o que me aconteceu! - Disse eu em fingidos espanto e tristeza. - Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

- Já lhe disse - repetiu minha irmã - que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra na boca por acaso.

Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim. 

Medo da Eternidade - Clarice Lispector


 

sexta-feira, abril 6

Os coelhinhos daqui



Páscoa é sempre motivo para muita emoção e muita alegria por aqui. São os amigos, a família (que me enche o coração), todos os que queremos bem... É o amor, a troca de votos e, claro, os ovos de chocolate, bombons e a espera pelo coelhinho, na ansiedade inocente das crianças.

De repente a vida parece nova e abençoada, de um modo mais simples e muito mais bonito.
É, acho mesmo emocionante essa época, toda a simbologia que ela carrega e tudo o que incita nas pessoas. 

Este ano a Sofia trouxe da escola uma mensagem toda fofa, escrita num cartão-ovo feito por ela. Amei! Fui logo pensando que estava crescida minha filha; nada de fantasias de coelha, nada de rostinho pintado. Mas ainda tem o caçula -  batatinha-quente da mamãe, como ele mesmo se intitula - que desta vez, já chegou em casa com seus pirulitos de chocolate todos mordidos (rs): Estavam derretendo, mamãe! - justificou todo lambuzado.
A roupa de coelho tirou sem me dar tempo para maiores paparicos, beijos ou apertões... Disse estar muito calor, que estava muito suado.
Ok, dei razão... afinal é Páscoa. Mais uma, aliás ( o tempo voou). 
E os filhos mocinhos.
É a vida que se renova.

sábado, março 17

Coisas da vida. E só


Há uns dias perdi uma prima. Nosso contato era pouco e mesmo assim senti; fiquei com os faróis baixos, como aprendi dizer com meu pai. Mas aproveitei para pensar  nas minhas coisas e, especialmente, nas pessoas que amo... Questionei a vida, me perguntei se estaria tocando direitinho meu barco nesta imensa viagem, nesta quase miragem que é nossa jornada; E claro, lembrei da minha prima, de tudo o que construiu e escreveu como legado, em como lutou seus últimos momentos e nos ensinou com delicadeza e bravura. Sim, já estava chorando... imaginando entre tudo isso, como o tempo correu veloz.

Aí parei um pouquinho, porque acho péssimo prolongar horas tristes. 

É,  sigo a receita de parar, buscar uma outra sintonia e somente depois, com mais equilíbrio tento compreender questões como a morte, que não são fáceis, tampouco agradáveis. 
Meio loucura? Meio fuga?  Não sei... O fato é que nestas pausas, nesta respiração mais profunda, reorganizo meu eu e sinto meu racional rearranjado, o que é fundamental para continuar tocando o  tal barco, com filhos, marido, projetos, vaidade e toda aquela  parafernália maravilhosa que mulher carrega. Tudo dentro. Tudo a salvo. 

Sinto que pra pensar e falar da vida a linha é mesmo essa... Com algumas paradas, sem muitas conclusões logo de cara e muita coisa em stand by, pelo simples motivo de que certos acertos, vêm somente com o tempo, com as voltas e a sabedoria dele.
Algumas vezes levo dias para retomar um problema, em outras cochilo, ou tomo um chá e enxergo melhor o que parecia  enigmático...
Depois busco alegria, que é fundamental; Para nos alimentar, e trazer otimismo e esperança para construírmos tudo o que os sonhos assopram nos ouvidos... sem pensar em desistir. Nem arrefecer.

Aí vamos levando e a roda viva vai girando... cheia de vontades, cheia de surpresas. Tudo bem simples (deveria ser...) como resume a Danuza Leão em seu  último livro, nos ajudando a quebrar regras e a nos libertar do que pode ser escravizante para a alma.

quarta-feira, fevereiro 22

Ode to MY FAMILY


Não  é a Dolores Mary Eileen, vocalista do Cramberries, ou para falar dela, ou sobre a música. Apenas sobre família e sobre mim; e medos e loucuras... mas só um pouquinho.

Minha mãe costuma dizer que sou exagerada. Pra tudo. E acho que das poucas coisas que ela me disse, nisso infelizmente tem razão... daquelas coisas sábias de mãe, que não gostamos muito de concordar.

Acho que exagero um pouco. Pensando, fazendo (algumas muitas coisas ao mesmo tempo), questionando, amando... No amor para os filhos, para o marido. Sou inteira para eles; Bem, costumo ser rs...

Dia desses conversando com a Mônica -  uma amiga linda, super novinha e que já é mãe - ouvi aquele pensamento -  que pra mim é antigo -  de que quando nascem os filhos, "nos abandonamos". Fui firme em dizer que não, que, claramente, as coisas mudam, de forma inevitável, mas que devemos separar um tempo pra nós (aliás,  este foi um dos primeiros conselhos que ouvi dos meus médicos, ginecologista e terapeuta).

E na questão ... Estar inteiro para uma  ou outra tarefa ( de preferência sem exageros rs), tenha ela o cunho que tiver, temos mesmo que estar bem conosco.  Demorei, não para entender isso, mas para conseguir praticar sem (muita) culpa. 
O meu  melhor, melhor dedico a eles quando também tenho meu espaço, costumo dizer e carregar sempre comigo. Quase como mantra.

Se é difícil, extremamente complicado e exaustivo dedicar tempo a mim mesma sem me sentir a pior das pecadoras? Se ouço aquelas " bem-vindas" opiniões de terceiros, altamente críticas, completamente... desnecessárias...? Touché!   
Mas percebi que nossos melhores momentos - meus e dos filhotes - , os mais alegres, mais inteiros, acontecem quando aceito que também posso e mereço muitas outras paixões, além da delícia de conviver com eles, de ensiná-los e cuidá-los e mais tantas outras coisas que desfrutamos desta... insidiosa seara materna. 

Hoje levo  os dias com mais tranquilidade e desconfio ser dos presentes mágicos do tempo, do que ele traz, do que ele vai curando. Vou seguindo assim, tropeçando e aprendendo; e até as conversas com minha sogra tenho aproveitado e gostado. Muito.

sábado, fevereiro 11

Fim de Férias e Carnaval... aqui... em São Paulo



As férias acabaram. Faz um tempinho já... mas agora que a criançada voltou para a escola, a sensação de que estamos  entrando no ritmo (puxadíssimo) de 2012, fica mais real.

Tudo bem que ainda tem carnaval. As pessoas estão felizes, super animadas... e é boa essa energia. A maioria fazendo planos pra curtir o agito e o calor de Salvador, Rio e outros lugares que fervem nesta época; outros, como meu novo cabeleireiro (Bjo Isa), preferem fugir das altas temperaturas dessa lindíssima festa popular... Vou ali em New York, mas não demoro. Prometo(rsrs)... 

Eu tenho um pouco de medo de toda essa agitação. Juro. 

Sem mencionar que estou incrivelmente cansada. Sim, o ano mal começou e minha velha rotina, sono entrecortado e algumas outras coisinhas, já me puxam os pés.

Aí prefiro me esconder (nada de praia, de muita movimentação); Ou andar por São Paulo, curtindo umas coisas gostosas que ela guarda, como a Av. Faria Lima (sem trânsito), a comida árabe do Almanara (amo), o Shopping Iguatemi (que tem lugar cativo no meu coração paulistaníssimo, desde os almoços com as amigas, na época da faculdade e que, em breve, ganhará um "irmãozinho", Jk Iguatemi).

E quando consigo distrair meus filhos - nessa hora somente um combinado pra que Theo e Sofia deixem a gente dar uma escapadela -  fugir com o marido pra me deleitar  com as massas e com o famoso sorverte de jabuticaba do Buttina. O espaço é super aconchegante. Lindo.


É... coisa de paulistano meesmo. De quem é estranhamente viciado nesta cidade, e reclama... e ama!

São Paulo que tem até música, aqui em casa: Energy -  The Apples in Estereo.



Um fim de semana lindo a todos!


quinta-feira, fevereiro 2

Uma viagem...


Theo anda tristinho. Fico toda doída, pensando em como amenizar, sugar pra mim, as angustiazinhas dele. 
Ok que ele é dramático. Por natureza. Mas mesmo assim, mãe que é mãe mergulha total nas dores dos filhos. E sofre. Muuuito. 
A razão da mini tempestade? Morrer.
Há dias, entre uma distração e outra, me pergunta se vai morrer, pra onde vai e que não quer ficar num lugar desconhecido, especialmente se for sozinho. Diz ter ficado triste demais quando o Sr. Carl Fredericksen - de Up, Altas Aventuras -  perde sua esposa, Ellie.

- Mamãe, não deu tempo deles visitarem o Paraíso das Cachoeiras... A Ellie morreu...  fala cheio de tristeza.

Aí paro tudo, comovida, chateada, preocupada e, apesar do drama, achando bonitinho meu tiquinho querendo entender da vida. Todo ansioso, temperamental. Porque isso ele é, pra tudo! 

Uma vez li que tudo isso faz parte de determinadas fases das crianças, e que, infelizmente, desde muito cedo, elas também passam por frustrações e pequenos questionamentos. São naturais e necessários.

Mãe consegue racionalizar  isso? Difícil. Pra não dizer impossível; porque depois que parimos nossos pequenos herdeiros, tudo na vida se torna diferente, olhamos o mundo com menos egoísmo e individualismo, compreendemos mais facilmente algumas coisas e aprendemos tantas outras - a duras penas - mas aprendemos, nos (re)adaptamos e nos sentimos mais capazes e fortalecidas, mas a dor de um filho... Não há nada mais cruel e dilacerante para nós mães.

E morte? Assunto que tira o chão. Confesso que detesto, me entristece pacas.

Acredito que continuamos, de uma outra forma, num outro plano, sob as bençãos e amor infindáveis do Mestre; mas a saudade é fato, a dor da separação e da perda, também. Tanto para os que vão, como para os que ficam e temos que encontrar uma "compensação" para ela... Com o Theo procuro contar a verdade, enfatizando que continuamos, que dormimos e nos reencontramos em outro lugar, algum dia... usando uma linguagem que ele compreenda. Mais branda, mais florida, como disse a Fernanda Franken num post muito lindo, ela e seu mini... aqui

E nestes altos papos, super importantes, sinto que ele entende muita coisa... do jeitinho dele, fica mais aliviado e eu, acabo saindo cheia de novas reflexões e com ideias mais reconfortantes sobre a morte.




"Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia..."

Caio Fernando Abreu

quinta-feira, janeiro 19

Silêncio... Ação!


Tem horas que aquela frase: Minha (ou sua) vida daria um filme, remexe as ideias. Fosse um drama ou algo disparadamente engraçado, a minha daria um longa daqueles... Ou um musical talvez; mas destes dignos de Broadway (rs), iluminado e coloridíssimo. Filme também. Acho que seria emocionante (e que biografia não é? Acho todas lindas, até mesmo as mais tristes...). Porém, teria que ser sim, bem dirigido. E super bem produzido; com riqueza de detalhes, trilha incomparável e  pano de fundo que realmente representasse minhas excentricidades e gostos, numa combinação mágica entre tons, formas, tamanhos...

Acho que todos nós merecemos algo do tipo. 
Já imaginou? Ter a vida nas telas? Assim, com ares de espetáculo, de super produção (exposição? não... algo poético, artístico)! Porque nossa caminhada é cheia de coisas belas, ricas e inesquecíveis, não  é? E mesmo as mais doídas, nos acrescentam tanto, que deixam, a seu modo, marcas especiais, mesmo que seja somente um contorno, uma parte mínima... elas deixam.
Coisas da Vida, como canta Rita Lee.


E tudo isso me veio em mente quando li sobre o novo filme dirigido por Madonna com estréia prevista  para  fevereiro no Brasil, intitulado W.E. - que já entrou em três festivais -  e que fala do Rei Edward III, da Inglaterra, que abdica de seu trono (1936) em nome do amor por Wallis Simpson, americana duas vezes divorciada.
Deixando de fora opiniões sobre a pop como diretora, fiquei comovida com o "drama" que chegará às telonas, com a entrevista e, claro, com as revelações sobre os detalhes desse amor e da imensidão e complexidade deste sentimento tão bonito, tão mal compreendido, segundo Madonna. Amei de cara!

E  o amor é mesmo uma vastidão de belezas, difícil de descrever,  que aparece sob diversas formas  em nossas vidas, arrebatando, questionando, provocando,  inspirando... e por ele concedemos, entendemos e construímos  história(s); belas histórias. E muitas delas, ou elas todas dariam um bom filme. De bilheteria histórica, digno de Oscar... pra ficar... e emocionar.




A sua vida daria um filme (rs)? Ou uma novela?
Uma série, com muitos capítulos e infinitas temporadas! É a minha!


quinta-feira, janeiro 12

Um pulinho no litoral norte

Merecido!
Nada como, após um looongo ano (a sensação é de ter tido um 2011 com uns 700 e poucos dias), pisar a areia da praia e ver o mar. Dias bons ao lado do meu amor, num hotelzinho charmoso, escondido e cercado do melhor do litoral norte: sossego, comida excelente e praias perfeitas (algumas praticamente  desertas, como Calhetas).

Honestamente, meu íntimo sempre diz que  lugares praianos não são, propriamente, refúgios, lugar pra descanso nestas datas, mas Boiçucanga e Toque-Toque, por exemplo, tem muita coisa boa pra se curtir e por serem um tantinho mais afastadas do centro de São Sebastião, permitem sim, descanso e aconchego, além de serem lindas.

Na nossa varandinha! E a praia de Toque Toque à vista




Preguiça

Toque- Toque Grande, carrega um brilho todo particular, principalmente pelas cachoeiras e  pela Praia de Calhetas, dona de um pôr-de-sol como há muito não víamos e para onde só se tem acesso por trilha, caminhando.  Suas águas são clarinhas, cintilantes e excelente opção para mergulhadores.

 Pôr do Sol em Calhetas


Calhetas -  Desertinha

Foi a que mais gostei, nesta parte das nossas férias (mas tem que usar muito repelente, tá? (rs) ).
(Também vale lembrar do protetor solar, inclusive para os lábios e cabelos). 

A praia de Toque-Toque também é puro charme e quase vazia, mesmo nesta época do ano.

 
Águas clarinhas em Toque-Toque


Depois, para os que quiserem agitar, tem Maresias que continua como trecho pop daquele lado do litoral e têm restaurantes legais, como o Badauê -  que é bacanão (têm em Juquehy também), super colorido, alegre e tem serviço de praia - além de muita badalação. Particularmente achei tudo muito, muito movimentado. É Maresias... Agitadíssima (tô velha pra isso...)!
Para os amantes de praia é prato cheio. Para levar o marido e os amigos. 

E os filhos rs? Curtiriam o mar e a areia a beça (apesar de quase não ter visto crianças), mas preferi dividir as férias em fases, e separar a parte que seria só deles. Senti que aproveitamos mais. A  Sofia e o Theo também.
Prometo fotos da bagunça deles, com os baldinhos e as conchinhas!

Voltando, fizemos uma parada rápida na Riviera (amei), que pertence a Bertioga. Faz parte do projeto de urbanização do município, mas preserva as riquezas naturais e o meio ambiente, por isso é linda. Depois conto em outro post. Promessa.

E nessa onda de praia, lugares Bonitos do Brasilbrasileiro...

Bonito? Vamos?
Jericoacoara? Sim, eu quero rs! (Revista Vogue de Dezembro, trouxe uma matéria boa sobre as belezas do Ceará, para os que quiserem se interar e preparar as próximas férias (ou feriado rs), e ir para um dos lugares mais lindos e comentados do nosso nordeste).

Ana, lembrei muuito de você quando fiz este post. Tem como não lembrar das dicas do teu bloguito, quando falamos de praias e super passeios? Fora a Praia da Pipa, que já vi em suas postagens no Face e li bastante a respeito em guias e revistas. Já quero conhecer! Bjo



Bjo e muita preguiça. Ainda...


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...